Confira as principais tendências da logística para os próximos anos

Confira as principais tendências da logística para os próximos anos

Hoje, quando falamos de logística é impossível não tratarmos do tema de inovação nas operações. Com um mercado cada vez mais dinâmico, em que nosso cliente busca a maximização de seus recursos, com estoques equilibrados e entrega rápida, o uso da tecnologia aliada a processos bem definidos, é fundamental para o aumento da performance na cadeia logística e da satisfação dos clientes.

Inúmeras são as ferramentas existentes no mercado, como o uso de automações via IoT (internet das coisas), utilização de inteligência artificial para antecipar tendências, dispositivos wearables para administrar estoques ou acompanhamento de entregas em tempo real. Há um cardápio diverso disponível para aplicação em cada modelo de negócio.

Mas a inovação não se limita apenas ao uso de tecnologias emergentes, a aplicação dessas novas ferramentas deve estar vinculada a um mapeamento e uma definição correta dos processos, em que metodologias como o lean podem auxiliar nessa definição e analisar o valor agregado que cada inovação trará para o seu cliente.

Inserir tecnologias em seu processo, apenas por modismo, pode gerar custos ao invés de resultados, por isso analisar bem a aplicação da solução proposta é um dos fatores críticos de sucesso para o negócio.

Quando me perguntam se existe ferramenta perfeita, respondo que a solução ideal será a que melhor se adapta ao seu modelo de negócio e que consiga impactar positivamente o resultado da empresa, por meio do aumento da produtividade e otimização da experiência do cliente. Não existe um modelo único que atenda a todas as necessidades, visto que o mercado busca cada vez mais o atendimento personalizado.

Trago aqui 5 tendências e soluções existentes que podem colaborar com o sucesso do seu negócio rumo a uma logística mais eficiente.

1.    Uso de automações

A integração dos equipamentos com uso do IoT possibilita o monitoramento da performance de equipamentos, acompanhamento de estoques em tempo real, otimização de rotas, entre outras possibilidades. Basicamente a tecnologia funciona através da integração entre diversos dispositivos eletrônicos por meio da internet, onde o controle das ações pode ser executado até mesmo por smartphones.

Uma outra forma de automação simples, de custo acessível e alto impacto, é o uso de RPAs, que são utilizados na maioria das atividades repetitivas e com padrões estabelecidos, executando essas tarefas através de robôs com disponibilidade 24×7 (24h e 7 dias por semana).

2.    Entrega antecipada

Já pensou em separar o pedido mesmo antes do cliente ter solicitado?

Sim, isso é possível. Através de algoritmos avançados e uma boa base histórica é possível prever padrões de consumo dos clientes e com isso definir seu modelo de compra, antecipando a demanda do cliente e consequente fidelização, devido a um serviço diferenciado de atendimento.

3.    Dispositivos wearables

Este nome complicado “wearables” é mais presente em seu cotidiano do que imagina. A tradução literal refere-se a “tecnologia vestíveis” e talvez você esteja até utilizando um neste momento, como por exemplo um smartwatch, onde lhe traz dados de GPS, cardíacos e etc.

No desenvolvimento corporativo esta tecnologia está vinculada a processos de realidade aumentada, um bom exemplo são os óculos inteligentes que podem ser utilizados em manutenção de equipamentos, auxiliando na tomada de decisão e identificando possíveis falhas e reparos, também podem auxiliar em processos de inventário e localização de materiais no centro de distribuição. Imagine-se andando em seu armazém utilizando óculos inteligentes, onde em tempo real poderá identificar itens estocados em posições erradas ou skus com necessidade de reabastecimento. Demais, não é?

4.    Logística compartilhada

A integração entre as cadeias tem aumentado exponencialmente, em que a logística colaborativa terá um avanço significativo para os próximos anos. Recursos de compartilhamento de cargas, além de otimizar custos logísticos, também contribuem para um processo mais sustentável.

Integrar fornecedores ou até parceiros de outros negócios não é uma tarefa fácil, pois existem pontos que necessitam de uma boa análise, como similaridade entre rotas, compatibilidade de materiais e confiabilidade na troca de informações.  

Um bom SLA (Acordo de Nível de Serviço) entre os parceiros e a possibilidade de utilização do blockchain no compartilhamento seguro de dados, podem ser um dos caminhos para desenvolvimento de uma logística mais colaborativa e verde.

5.  Monitoramento em tempo real

Um dos pontos que tem intensificado o interesse dos clientes é o nível de informação quanto à localização de sua carga e tempo de entrega.
Seja pelo uso de tecnologias via satélite, telemetria dos veículos ou simplesmente por aplicativos que acompanham o transporte por meio da geolocalização, o uso da informação deve ser em tempo real para potencializar a experiência do cliente junto a sua empresa.

Com a diversidade de ferramentas no mercado ou até mesmo com uso de desenvolvedores próprios é possível customizar a melhor forma de monitoramento da entrega, trazendo dados online para o cliente e também informações úteis para a torre de controle logística, possibilitando a atuação de forma proativa em eventuais desvios de rota ou atrasos de entrega.

Poderíamos discorrer sobre uso de drones, veículos autônomos, robôs para separação de mercadorias, etc. Este tema possui uma infinidade de possibilidades, sendo essencial o “olhar” para as novas tendências, identificar oportunidades em seu negócio (aconselho fortemente o mapeamento de processos) e atuar onde mais agrega valor para empresa e clientes.

Utilizar ferramentas tecnológicas da maneira adequada, impulsionam o negócio, fideliza clientes e alavanca produtividade, tendo sempre o intuito de atender a principal razão da existência de sua empresa: o CLIENTE.

Autor: Erike Mendes – Gerente de Logística da Aço Cearense

Erike é bacharel em Ciências Contábeis pela UECE, possui MBA em Gestão Empresarial pela FGV, pós graduado em Logística empresarial e especialista em Lean Manufacturing. Possui mais de 15 anos de experiência na área de logística e exerce a função de Gerente de Logística da Aço Cearense, onde trabalha há 4 anos.