A redução da demanda e a paralisação das atividades são os principais fatores que contribuem para os efeitos negativos da crise do novo coronavírus nos negócios, é o que aponta a pesquisa do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre/FGV).
No entanto, um dos segmentos essenciais que não interrompeu por completo as operações foi o da construção civil. Com aproximadamente 2 milhões de trabalhadores com carteira assinada, o setor teve somente interrupções pontuais em algumas de suas atividades.
A pandemia freou o ritmo acelerado que o setor vinha apresentando no início de 2020 e fez com que as empresas do ramo passem por adaptações.
Quais os impactos sentidos até agora na Construção Civil?
Toda a cadeia produtiva foi impactada e os primeiros indicadores setoriais disponíveis já mostram quedas importantes na venda de cimento e cerâmicas de revestimento, no lançamento de apartamentos, na contratação de financiamentos e tantos outros, mesmo com os canteiros de obras e as lojas de materiais de construção operando na maior parte do país.
A velocidade dos acontecimentos dificulta uma plena compreensão dos seus impactos, mas há indícios de que influenciarão os novos produtos e os processos construtivos.
O home office foi eficiente e impactará na necessidade de edifícios de escritório e intensificará a demanda por espaços dedicados ao trabalho nas residências.
No ensino da engenharia, por sua vez, os impactos já podem ser considerados certos e transformadores. O distanciamento social consolidou o ensino a distância e escancarou a necessidade de aprimoramento das ferramentas computacionais usadas nas instituições educadoras. A simples virtualização da sala de aula não se mostrou suficiente para a transmissão das necessárias competências aos novos profissionais do setor, para isso ainda é preciso o desenvolvimento de novas didáticas e métodos de ensino que repassem os conhecimentos na prática.
Diante de tudo isso, podemos constatar que a crise do coronavírus já impactou e seguirá impactando vidas, negócios e a economia ao redor do mundo. Mas, assim como outras pandemias, este período negativo vai passar.
Fontes: G1, Repórter Brasil e Estadão.