O momento atual nos colocou de forma abrupta frente a desafios nunca antes vistos. Governos, empresas e pessoas deparam-se com a necessidade quase diária de reinventar suas rotinas e de pensar novas formas de trabalho, cuidado e gestão. Em cenários como este, no qual o curso das coisas muda rapidamente, urge inovar.
São vários os conceitos de inovação, porém, resumidamente, podemos dizer que inovação é simplesmente resolver problemas. Existem, sim, as inovações disruptivas, mas a maioria das inovações do nosso dia a dia são aquelas que melhoram o que já está feito.
Os desafios aparecem e conseguimos respondê-los se encaramos todos os dias como o “Dia um”, se olhamos para nossos objetivos conectados com nosso propósito e se temos uma mente aberta e inovadora.
Do ponto de vista dos negócios, não podemos esquecer que as empresas são formadas por pessoas e que são elas que constroem a cultura organizacional, que criam e consolidam o modo de fazer as coisas. É esta cultura que vai direcionar quais ferramentas de gestão usar em cada caso.
Se as pessoas não tiverem uma cabeça inovadora, como existirá uma empresa inovadora? E como fazê-las pensar com inovação? Está aí a importância do líder para fomentar este perfil nas equipes, entendendo aqui o líder como alguém de mentalidade inovadora, que estimula o processo criativo e que aceita a inovação.
A empresa por sua vez precisa se questionar: admitimos o risco de inovar? Compreendemos e permitimos os possíveis erros neste processo? Criamos as condições para inovar? Outro ponto fundamental é cultivar a diversidade na organização. Pensar diferente provoca inovação, fomenta a boa discussão dos problemas. Já a uniformidade fada o negócio ao insucesso. Daí ser tão desafiante montar equipes com colaboradores que não repitam o “sempre foi feito assim”, mas que saibam fazer as perguntas, que estejam empolgados em discutir soluções e não discursar problemas, em buscar simplicidade para fazer as coisas mais rápidas e assim conseguirem mais brevemente corrigir eventuais erros.
Se queremos ter um ambiente inovativo, precisamos cuidar das pessoas, liderar pelo exemplo, promover as condições de estímulo à inovação, mas com a responsabilidade de colocar a empresa onde ela precisa estar, com o compromisso também de dar resultado. Sem esquecer do seu propósito, buscar o equilíbrio para saber o que se quer, com a ideação e a criatividade necessárias para realizar algo palpável e bom para a empresa e também para quem dá vida a ela.
Ian Corrêa
Vice-presidente de Operações do Grupo Aço Cearense